terça-feira, 17 de maio de 2011

Escrever escrevendo...



Este texto que compartilho hoje foi escrito por mim já faz um tempo, mas nunca tinha colocado em lugar nenhum. Hoje em homenagem ao meu aniversário resolvi colocar mais um texto meu por aqui. Fiz algumas adaptações do texto original e mesmo não tendo ficado o melhor de todos, gosto muito dele. Espero que gostem também.

Sentir sem pensar (By Cinthia Alencar Pacheco)


É estranho esse negócio de sentimento que o povo fala. Dizem que muitas vezes não tem a ver com o pensamento, que a gente sente sem pensar...
Outro dia ouvi uma expressão dita por uma mulher dizendo que quando se pensa a gente entende, mas tem horas que a gente só sente, e quando se sente não entende muito.
Tirando a confusão que a expressão refuta, fico com a parte do sentimento. Na verdade a parte de que não se pensa quando sente, ou que quando se sente não se está pensando, revela apenas o quanto nosso coração fala mais alto que o nosso cérebro em muitas vezes.
E nessa habilidade do coração entra os mais diversos sentimentos, como a amizade, o carinho, o afeto, o amor, e outros ainda como a raiva, o ódio, a intempestivdade. E é o contraste desses sentimentos que prova que quando os sentimos não estamos pensando realmente, naquela hora que o sangue ferve, seja de amor ou ódio, se fazem coisas mirabolantes, inacreditáveis e muitas vezes belas e irresistíveis.
São essas sensações que nos movem, nos levam pra frente, nos faz ligar naquela hora em que você acha que já perdeu tudo, ou que faz dizer "Eu te amo", às vezes tendo certeza que não vai gostar da resposta...
Mas esses sentimentos, principalmente os mais delicados não são para todos... Não porque talvez existam pessoas que não foram feitas para amar, porque o amor existe para todos... Porém, o fato de sentir e demonstrar esse amor, não é para todos, porque para usufruir os benefícios disso, é preciso alcançar certo nível de renúncia e compreensão que poucas pessoas atingem.
Por isso se vê tanto falar em pessoas duras de coração, são os milhos de pipoca do texto de Mário Quintana, que tão bem retrata este assunto ao usar como comparação o estourar dos milhos de pipoca.
Assim como cada um nasceu para amar, nem todos amam realmente. Tenho amigas e amigos que amam muito, doam, e sofrem. Sabe, daqueles amigos que são amigos mesmo, que não são tantos, daqueles que a gente talvez conte nos dedos de uma só mão. Mas também conheço pessoas amargas, de coração duro, que sequer permitem certas abordagens de amizade. Ninguém as conhece realmente, nem elas têm o prazer de conhecer ninguém, seja amigo ou amor.
A vida é feita de confiança, de amizade, de amor, mas de certa malícia também. Não com as reservas do coração, que como alguém me ensinou, ninguém nunca perde nada em ser bom, mas com os sentimentos transmitidos por outras pessoas, que nem sempre são os belos sentimentos, só são apenas sentimentos, muitas vezes confusos ou maléficos, mas que nos atingem de alguma forma.
Para aquelas pessoas que sentem sem pensar, que amam sem querer nada em troca, que são amigas e compartilham esses belos sentimentos, para estas, está reservada a plenitude da vida que é aquela que tantos procuram chamada felicidade. Para as outras pessoas, está reservada a vida somente, que elas levam, e empurram, e se amarguram, e simplesmente existem nessa vida, sem deixar marcas de amor, amizade e carinho, estas vivem o que conhecemos de infelicidade.
Cada um de nós convive com estes dois tipos de pessoas as felizes e as infelizes. Eu faço tudo para ser dessas pessoas felizes, que faz muito por um momento feliz e muito também para não conhecer o infeliz instante. Sabe, ainda sou daquele ideal, talvez antiquado de que quando se é amigo, é de verdade, se é amor, é verdadeiro, que não tem dia, nem noite, nem dinheiro, nem falta de dinheiro, que está sempre do lado. Quem é assim também reconhece o outro. E quem não é, não percebe essa beleza da amizade ou do amor em ninguém, e por isso, geralmente essas pessoas têm muitos conhecidos, conhecem todo mundo e muita gente as conhece, mas tem poucos amigos de verdade.
Bem, de minha parte, prefiro ser a amiga boba, que liga e liga de novo e está sempre presente e ser sempre feliz, do que viver sem ter proporcionado estes momentos a alguém, porque quem os compartilhou comigo naquele momento foram felizes. Gosto de ser assim, sentir sem pensar, e deixar o cérebro e a razão para aqueles momentos frios e calculistas que temos de vez em quando, pois nesses momentos, eles me serão úteis.
Sem querer alcançar o nível da vanglória, prefiro mesmo ser assim, sou feliz e aos poucos vou me moldando, vou aprendendo a ser uma pessoa melhor e cada dia passar coisas boas aos que estão a minha volta. Espero que todos tenham ou alcancem essa felicidade, ou que pelo menos, consigam de vez em quando, sentir um pouco sem pensar tanto, pois neste momento, que conseguir tal proeza, estará um passo mais perto da tão cobiçada Felicidade!!!

(The end)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Oi, nem tão simples assim...


Há muitos anos cliente da Brasil Telecom, hoje cliente Oi, pelo menos nas propagandas de TV que insistem em pregar uma falsa facilidade dos serviços que agora no site consta como NovaOi.
Na verdade, o que é simples nesta operadora é não ser atendido. Porque em operações complexas até poderia entender prazos para atendimentos, mas é muito simples alterar uma data de vencimento ou prorrogar uma fatura. Um chip demora mais de um mês pra chegar e quando consigo falar com um atendente ele me informa que eu sou cliente Brasil Telecom e ele é funcionário da Oi e o sistema não o permite me atender... Realmente muito bem treinado para não atender um cliente! Informações controversas, um me diz que meu chip já foi postado, outro me diz que não tem pedido ou então ele só pode ver minha solicitação se eu lhe informar o número do protocolo. Aliás, com o número do protocolo em mãos a atendente não consegue verificar, houve uma falha no sistema. É, sendo cliente Brasil Telecom não participo do mundo simples da Nova Oi. Muito absurdo o que fazem com os clientes, eu sou mais uma gota no oceano que dá conta de milhões de clientes, mas poderiam pelo menos mudar a propaganda porque na verdade nada é simples em uma empresa que prega atendimento com um simples Oi. Tenho certeza que não estou sozinha, mas pelo menos quero compartilhar minha indignação. Pagando sempre em dia minha fatura, aliás, pode ser também, porque gastamos pouco em nossa empresa. Mas, sabem o que é interessante? No mês que atrasei o pagamento, me ligaram para cobrar, ah, então sabem como falar comigo, mas realmente me atender não é importante, mas me cobrar sim...
Oi, simples assim...ah, fala sério, a propaganda deveria usar a música “Se” do Djavan (aliás, a música é maravilhosa): Mais fácil aprender japonês em braile do que ser atendida na simplicidade da novaOi.

(The end)

Seria cômico, se não fosse trágico!





Há muitos dias sem escrever, confesso que um pouco sem inspiração também, ou motivações pouco nobres, pensei em um assunto bem interessante pra voltar. E nada melhor do que escrever com bom humor!
Desde criança ouço que rir é o melhor remédio e realmente tenho comprovado em minhas experiências que é verdade... mas tenho que admitir que os motivos que fazem as pessoas sorrirem hoje não são mais tão nobres assim, ou se não nobres não são ao menos engraçados...
Outro dia ouvi uma celebridade dizer em uma entrevista que faz as pessoas sorrirem debochando de si mesmo.. Achei meio trágico pensar que pra fazer alguém sorrir tenho que falar mal, debochar, criticar ou simplesmente denegrir a imagem de algo ou alguém. Parece que somos meio maus ao sorrir de tais coisas...
Na internet as notícias que dão mais ibope ou que todo mundo acha graça tem um personagem central passando um vexame danado!
Fiquei feliz ao lembrar que não tenho um blog ou uma coluna que faz alguém rir, porque apesar de ser capaz de pensar em algo, não considero ser esta uma opção. Foi-se o tempo em que se sorria de piadas inocentes ou de um mal-entendido simples ou de um desenho sem malícias, e nem vou entrar no mérito de desenhos porque estes sim são realmente cruéis.
Longe de ser moralista ou querer tratar de algo tão complexo de forma definitiva gosto de escrever que bom humor é realmente ser feliz, não é estar o tempo todo sorrindo ou fazendo graça ou sendo o centro das atenções. Mas, é realmente ter uma palavra certa de ânimo, de bom dia ou olá e até fazer graça, mas não da roupa ou do palavreado de alguém. É um desafio lembrar algo bem-humorado que enalteça. Será que conseguimos?
E nesta onda de comédias, vamos rindo das tragédias, dos desastres e tornando-os engraçados e trágicos...

(The end)